10 de set. de 2015

10 de Setembro: Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio - Reconheça os Sinais

LAÇO AMARELO É SÍMBOLO DO DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO, 10 DE SETEMBRO (FOTO: FLICKR)
A taxa de suicídio de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos aumentou 40% nos últimos 10 anos e 33% entre aqueles com idades entre 15 e 19 anos, segundo o Mapa da Violência 2014. Todo dia, 28 brasileiros se suicidam e, para cada morte, há entre 10 e 20 tentativas. Médicos alertam que é um problema de saúde que não recebe tanta atenção por causa do tabu social. Para ajudar a combater essa epidemia silenciosa, GALILEU conversou com uma série de psiquiatras e psicólogos sobre o problema e elaborou uma lista de seis alertas sobre o comportamento suicida.
1 – Frases de alarme
Existe um mito de que pessoas que falam em suicídio só o fazem para chamar a atenção e não pretendem, de fato, terminar com suas vidas. “Isso não é verdade, falar sobre isso pode ser um pedido de ajuda”, afirma Mônica Kother Macedo, psicanalista especializada em suicídio e professora da PUCRS. Adriana Rizzo, engenheira agrônoma voluntária da ONG Centro de Valorização da Vida (CVV) há 16 anos, já atendeu milhares de ligações de pessoas que pensavam em suicídio. Algumas das frases mais comuns ouvidas por ela foram “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”. Então, se você ouvir um parente ou amigo falando algo do tipo, preste atenção.
2 – Mudanças inesperadas
Todo mundo passa por mudanças na vida, faz parte do pacote. Mas algumas mudanças podem ser traumáticas quando não estamos preparados para elas. Uma pessoa fragilizada por uma depressão ou outro problema psíquico dificilmente terá condições de encarar uma mudança inesperada, como perder um emprego que considerava muito importante. “Alguém tinha um hobby e abandona tudo, era super vaidoso e fica desinteressado. A mudança de comportamento é o momento em que a gente se aproxima da pessoa para saber o que está acontecendo, porque quem sabe dividindo ela vai entender que é só uma fase”, diz Macedo.
3 – Depressão e drogas
As estatísticas alertam: para cada suicídio, há entre 10 e 20 tentativas, ou seja, quem tentou suicídio está muito mais vulnerável. “Uma tentativa de suicídio é o maior preditor de nova tentativa e de suicídio”, diz o psiquiatra Humberto Correa da Silva Filho, vice-presidente da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio.
Segundo alerta: quase 100% das pessoas que se suicidaram enfrentavam algum problema mental - a maioria depressão. Quem está sofrendo depressão ou outro transtorno devem receber maior atenção . E, se a pessoa consome álcool ou outras drogas, atenção redobrada.  “O maior coeficiente de suicídio se dá por transtorno de humor associado ao uso de substâncias psicoativas, mais da metade dos casos de suicídio. Depressão e consumo de álcool e drogas é responsável pelo maior numero de mortes no mundo inteiro”, afirma o psiquiatra Jair Segal.
4 – Pode não ser só aborrescência
As taxas de suicídio dos jovens brasileiros aumentou mais de 30% nos últimos 10 anos, como explica nosso dossiê da edição de outubro. Mas, muitas vezes o comportamento errático atribuído como típico do adolescente pode ser um sinal de intenção de suicídio. “Existe uma falsa ideia de que a depressão atinge mais pessoas adultas. O adolescente apresenta outros sintomas, ele vai se trancar no quarto, não vai falar com ninguém, e isso vai ser entendido como fenômeno da adolescência normal, já que ele não consegue expressar seu sofrimento de uma forma clara”, explica Segal.
5 – Preto no branco
Somente 15% dos gravemente deprimidos vão se suicidar, mas a depressão severa continua sendo a maior causa do suicídio. Por isso, é preciso ficar atento quando a pessoa demonstra zero interesse na vida ou nos outros. “Para o deprimido, o mundo deixa de ser colorido, é preto e branco. Ele tem baixa autoestima, desinteresse por todos e fica muito voltado para ele mesmo”, explica o psiquiatra Aloysio Augusto d’Abreu. Quando em depressão severa, a pessoa se isola dos outros e não vê motivos para continuar viva. É um alerta de urgência.
6 – Bom demais para ser verdade
Um caso que marcou o psiquiatra d’Abreu foi o de um paciente muito deprimido que simulou uma melhora para passar o final de semana em casa e, lá, usar uma espingarda para se matar. A simulação de melhora é comum em diversos casos de suicídio, então, se uma pessoa que normalmente é deprimida parecer subitamente alegre, é importante acompanhá-la para garantir que ela não tentará o suicídio.
O que você pode fazer?
Segundo o psiquiatra da Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio Carlos Felipe Almeida D’Oliveira, o ideal é conversar com a pessoa e não deixá-la sozinha. Ao conversar, procure não falar muito e ouvir mais, já que muitas vezes a pessoa só precisa ser ouvida. “Se possível, acompanhe-a a um profissional de saúde e peça orientação”, diz. Outra medida é retirar acesso de ferramentas potencialmente destrutivas dentro de casa - como arma, remédios e substâncias tóxicas - para evitar o uso delas em um impulso.

7 de set. de 2015

Resiliência precoce e suas consequências para o desenvolvimento

Introdução
A capacidade das crianças de apresentar um desenvolvimento saudável apesar de muitas dificuldades é frequentemente denominada resiliência. À medida que crescem, as crianças encontram muitos desafios que devem ser superados para alcançar marcadores comuns de sucesso de desenvolvimento, incluindo saúde mental, relacionamentos sociais satisfatórios e êxito no desempenho educacional. Embora a resiliência seja normalmente considerada uma adaptação bem-sucedida a eventos extremos, como maus tratos e pobreza, pode estar envolvida também em respostas a desafios cotidianos – sociais, físicos e intelectuais – que a criança enfrenta.2 No primeiro caso, a resiliência é uma característica evidente apenas em situações de maior adversidade, ao passo que no último, está evidente em todas as situações estressantes.
Crianças expostas a adversidades apresentam piores resultados de desenvolvimento. Crianças expostas a condições de pobreza estão mais propensas a apresentar problemas acadêmicos, incluindo escores mais baixos em testes de desempenho e maior número de repetências e fracassos escolares do que seus colegas mais favorecidos.3 Crianças cujos pais são diagnosticados com transtornos psiquiátricos têm alta probabilidade de também desenvolver problemas mentais.
Apesar dessas desvantagens, a maioria das crianças que vivem em contextos de muito alto risco é capaz de superar essas dificuldades e atingir níveis normais de sucesso no desenvolvimento. Vem aumentando o número de pesquisas que investigam a vida dessas crianças “resilientes” que têm registrado bons resultados de desenvolvimento. Ao invés de concentrar-se nas deficiências de crianças em alto risco, esses estudos têm dado mais atenção à identificação dos fatores que sustentam seu sucesso. Para crianças que conseguem ter sucesso mesmo em condições adversas, a presença de fatores de proteção ou de resiliência podem compensar os fatores de risco em sua vida.5

Do que se trata
É muito importante identificar as fontes de resiliência em crianças competentes, uma vez que é possível empreender esforços para aumentar a resiliência de crianças menos competentes, especialmente aquelas que vivem em condições altamente estressantes. No entanto, a identificação daquilo que constitui a resiliência continua pouco clara.1 É algo que só pode ser identificado posteriormente, ou pode ser previsto a partir de índices de competências desenvolvimentais anteriores? O estudo da resiliência começou com um foco sobre características da criança, mas tem sido ampliado para incluir também o ambiente social, econômico e político. Se a resiliência fosse uma característica contextual, como a situação de ter pais que dão apoio emocional, apenas as crianças cujos pais oferecem apoio demonstrariam resiliência. Se a resiliência fosse uma característica individual, crianças resilientes deveriam ter melhores resultados em todas as circunstâncias. Mas essas hipóteses levam à questão sobre a origem da resiliência individual. Essa resiliência pode estar baseada em alguma característica biológica da criança, como estabilidade emocional, ou pode estar baseada em fatores de desenvolvimento, nos quais um relacionamento seguro com os pais nos primeiros anos de vida gera estabilidade emocional posterior. As respostas a essas perguntas levariam a diferentes abordagens para aumentar a resiliência de crianças.

Problemas
Uma questão fundamental no estudo da resiliência é identificar seu fundamento. O estudo da resiliência tem evoluído em sintonia com uma compreensão mais abrangente das fontes de competência humana. À medida que a psicologia e a psicopatologia do desenvolvimento avançaram para alcançar uma compreensão cada vez mais complexa dos processos psicológicos, qualquer característica individual é considerada em relação à experiência em múltiplas áreas sociais – família, vizinhança, cultura, escola, grupos de pares e momento histórico. Abordagens contextuais veem a resiliência como uma função da capacidade da família e de outros aspectos do ambiente social para atenuar circunstâncias adversas. Tanto em um contexto histórico quanto no presente, experiências são importantes na vida da criança. Abordagens desenvolvimentistas veem as capacidades adaptativas no presente como resultado de adaptações bem-sucedidas a condições estressantes no passado do indivíduo.6 Sob alguns pontos de vista, enfrentar de forma bem-sucedida estressores moderados anteriores pode servir como uma vacina para preparar as crianças contra os efeitos de importantes estressores posteriormente.7

Contexto de pesquisa
A pesquisa sobre resiliência começou com o estudo de crianças que vivem em contextos de alto risco, quer em termos de relações parentais desorganizadas, quer em termos de privação econômica. Embora a maioria das crianças nestes estudos tenha apresentado deficits de desenvolvimento nas áreas de saúde mental e do funcionamento intelectual, havia um grupo de crianças que parecia indiferente a esse tipo de circunstâncias estressantes.8 Inicialmente, as pesquisas sobre resiliência utilizaram amostras formadas por crianças em risco para identificar aquelas que escapavam dos seus efeitos. Contudo, tem sido cada vez mais frequente a utilização de amostras mais representativas para determinar se os mesmos fatores que possibilitam às crianças escapar dos efeitos da adversidade produzem competência em circunstâncias mais favoráveis. Embora inicialmente a origem da resiliência tenha sido apontada como uma característica da criança, as pesquisas apontam cada vez mais a família e os fatores sociais como os elementos que auxiliam a criança a compensar o estresse ambiental.

Questões-chave de pesquisa
  1. A resiliência é diferente da competência? 
  2. A resiliência é resultante de fatores individuais, de contexto ou da combinação dos dois? 
  3. A resiliência é uma capacidade comum, ou existem tipos de resiliência exclusivos para circunstâncias     adversas específicas que não podem ser generalizados?
Resultados de pesquisas recentes

Resiliência é diferente de competência?
Entre os pesquisadores da resiliência, aqueles mais preocupados com a compreensão de como os indivíduos superam a adversidade enfatizam a diferença entre as definições de resiliência e competência.9 Outros, contudo, descrevem competência e resiliência como subconstructos estreitamente relacionados dentro do construto de adaptação mais amplo.2 Os estudos da competência e da resiliência estão inextricavelmente vinculados, sendo o estudo da resiliência focado mais acentuadamente na adaptação sob circunstâncias de privação, trauma, acidentes ou outras adversidades agudas e crônicas.

A resiliência resulta de fatores individuais, do contexto ou da combinação desses dois fatores?
Crianças com níveis mais altos de competência têm melhores resultados de desenvolvimento sob condições de alto estresse, mas também quando enfrentam desafios mais amenos.10 Entretanto, fatores contextuais desempenham um papel igualmente importante na produção de resultados positivos. O apoio das famílias,6 a aceitação por grupos de pares,11 escolas competentes12 e a eficácia coletiva da comunidade13 – e obviamente, mais recursos financeiros14 – contribuem para resultados positivos de desenvolvimento da criança. O argumento de que a resiliência é resultante de desenvoltura individual fica ainda mais enfraquecido quando são comparadas crianças competentes – sejam elas muito ou pouco competentes – que crescem em ambientes de alto e baixo risco. Crianças altamente competentes que são criadas em ambientes de alto risco têm piores resultados do que crianças de baixa competência que são criadas em ambientes de baixo risco.

A resiliência é uma capacidade geral, ou existem tipos de resiliência específicos para circunstâncias adversas específicas que não podem ser generalizados?
A resiliência passou a ser vista como um constructo multidimensional.1 Por ser normalmente estudada com uma determinada população de risco – por exemplo, crianças que sofrem maus-tratos, crianças criadas por pais psicóticos ou crianças que vivem em condições de pobreza – verificou-se que diferentes processos levam a resultados positivos. Além disso, quando a criança apresenta resiliência em uma área de desenvolvimento, pode ser à custa de mais problemas em outras áreas. Por exemplo, Luthar16 constatou que crianças cuja adaptação foi bem-sucedida, enfrentavam problemas emocionais, como a depressão.

Conclusões
Em vez de concentrar-se na melhoria de um constructo de resiliência ainda não identificado em indivíduos, os pesquisadores deveriam dedicar mais energia ao estudo dos contextos sociais que promovem resultados positivos. A melhoria da competência individual é uma estratégia importante quando as circunstâncias sociais não podem ser alteradas, mas seria possível alcançar maior proporção de resultados competentes se fossem empreendidos esforços para alterar fatores contextuais, e não fatores individuais.
Estudos dos efeitos de múltiplos riscos ambientais em uma ampla diversidade de condições constataram que o acúmulo de riscos sociais na família, nos grupos de pares, na escola e na comunidade tem um efeito negativo consistente. Quanto mais riscos, piores são os resultados.
Consideradas isoladamente, variáveis como nível de renda e estado civil no contexto familiar e, no contexto pessoal, questões relativas a gênero, raça, eficácia, saúde mental e realizações podem ter efeitos estatisticamente significativos sobre o comportamento das crianças, porém modestos em comparação com o acúmulo de múltiplas influências negativas que caracterizam grupos de alto risco. A sobreposição de resultados das crianças é considerável em casos de famílias de baixa renda versus famílias de alta renda, famílias uniparentais ou biparentais, meninos versus meninas, negros versus brancos, e jovens desenvoltos versus jovens com pouca desenvoltura. No entanto, a sobreposição é muito menor em comparações entre grupos de crianças criadas em condições de altos níveis versus baixos níveis de múltiplos riscos, quando se acumulam os efeitos de gênero, raça, desenvoltura, renda e número de pais em casa.
É preciso ressaltar que a resiliência não é o mesmo que comportamento positivo. Em circunstâncias estressantes com recursos limitados, um ganho individual dá-se à custa da perda de outra pessoa, um resultado anulando o outro. Em tais situações, a resiliência pode assumir a forma de comportamento antissocial, como os recursos obtidos pela criminalidade em ambientes urbanos.
É improvável que exista um fator de proteção universal para todas as crianças. Os fatores positivos que promovem a competência podem variar de acordo com a idade específica da criança e com o resultado de desenvolvimento a ser atingido. Para avaliar corretamente os fatores determinantes da resiliência é preciso dar atenção ao amplo conjunto de fatores ecológicos nos quais os indivíduos e as famílias estão inseridos.

Implicações para políticas e perspectivas de serviços
A compreensão das origens da resiliência é um importante precursor para qualquer intervenção bem-sucedida. Sempre que a resiliência se origina de fatores como família, escola, grupos de pares ou comunidade, as intervenções devem ocorrer nesses cenários. Infelizmente, a maioria das intervenções em um domínio único não gerou resistência significativa a resultados problemáticos. Crianças normalmente enfrentam múltiplos riscos em vários contextos sociais, e, consequentemente, é improvável que seja encontrada uma "pílula mágica" para a prevenção ou para a intervenção.17 Esforços de prevenção e de intervenção que surgem dessas percepções utilizam combinações de estratégias para promover fontes de resiliência múltiplas, e não únicas.18 O Projeto Trilha Rápida, que visa a redução dos problemas de conduta é uma dessas intervenções multifacetadas.19 É preciso atentar cada vez mais para os diversos subsistemas sociais que desempenham papéis importantes na produção ou na redução da competência social e acadêmica.

Referências
  1. Luthar SS, Cicchetti D, Becker B. The construct of resilience: A critical evaluation and guidelines for future work. Child Development 2000;71(3):543-562.
  2. Masten AS. Ordinary magic: Resilience processes in development. American Psychologist 2001;56(3):227-238.
  3. McLoyd VC. Socioeconomic disadvantage and child development. American Psychologist 1998;53(2):185-204.
  4. Downey G, Coyne JC. Children of depressed parents: An integrative review. Psychological Bulletin 1990;108(1):50-76.
  5. Garmezy N. Children in poverty: Resilience despite risk. Psychiatry: Interpersonal and Biological Processes 1993;56(1):127-136.
  6. Sroufe LA, Carlson E, Collins WA, Egeland B. The development of the person: The Minnesota study of risk and adaptation from birth to adulthood. New York, NY: Guilford Press; 2005.
  7. Rutter M. How the environment affects mental health. British Journal of Psychiatry 2005;186(1):4-6.
  8. Garmezy N, Masten AS, Tellegen A. The study of stress and competence in children: A building block for developmental psychopathology. Child Development 1984;55(1):97-111.
  9. Luthar SS. Resilience in development: A synthesis of research across five decades. In: Cicchetti D, Cohen DJ, eds. Developmental psychopathology: Risk, disorder, and adaptation. Vol 3. 2nd ed. New York, NY: Wiley. In press.
  10. Garmezy N, Masten AS, Tellegen A. The study of stress and competence in children: A building block for developmental psychopathology. Child Development 1984;55(1):97-111.
  11. Criss MM, Pettit GS, Bates JE, Dodge KA, Lapp AL. Family adversity, positive peer relationships, and children's externalizing behavior: A longitudinal perspective on risk and resilience. Child Development 2002;73(4):1220-1237.
  12. Pianta RC, Harbers KL. Observing mother and child behavior in a problem-solving situation at school entry: Relations with academic achievement. Journal of School Psychology 1996;34(3):307-322.
  13. Sampson RJ, Raudenbush SW, Earls F. Neighborhoods and violent crime: A multilevel study of collective efficacy. Science 1997;277(5328):918-924. 
  14. Duncan GJ, Brooks-Gunn J, Klebanov PK. Economic deprivation and early childhood development. Child Development 1994;65(2):296-318.
  15. Sameroff AJ, Bartko WT, Baldwin A, Baldwin C, Seifer R. Family and social influences on the development of child competence. In: Lewis M, Feiring C, eds. Families, risk, and competence. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates; 1998:161-185.
  16. Luthar SS. Vulnerability and resilience: A study of high-risk adolescents. Child Development 1991;62(3):600-616.
  17. Masten AS, Coatsworth JD. The development of competence in favorable and unfavourable environments: Lessons from research on successful children.  American Psychologist 1998;53(2):205-220.
  18. Sameroff AJ. The science of infancy: Academic, social, and political agendas. Infancy 2005;7(3):219-242.
  19. Bierman KL, Coie JD, Dodge KA, Greenberg MT, Lochman JE, McMahon RJ, Pinderhughes E, Conduct Problems Prevention Research Group. The implementation of the Fast Track Program: An example of large-scale prevention science efficacy trial. Journal of Abnormal Child Psychology 2002;30(1):1-17.
Arnold Sameroff, PhD
University of Michigan, EUA
Dezembro 2005 (Inglês). Tradução: junho 2011
 
  

2 de set. de 2015

Violências e Resiliência: Tema da formação do mês de Setembro


Na próxima terça-feira, dia 08/09/15, teremos formação do EMFRENTE na Casa do Educador.  Excepcionalmente, dada a disponibilidade do palestrante do período matutino, iniciaremos as atividades às 08h00, com término às 11h30. No período da tarde, será mantido o horário habitual (das 13h30 às 17h30).
Durante o encontro em questão contaremos com o debate do tema “Violências e Resiliência” tendo como palestrantes, pela manhã, a psicóloga Ana Paula Casagrande Darós e no período vespertino o psicólogo Rogério Machado Rosa, além da psicóloga Ana Brasil de Oliveira, em ambos os períodos.

Ana Paula Casagrande Darós é graduada em Psicologia (Bacharelado e Formação) pela UFSC (2000), atua como Psicoterapeuta de crianças, adolescentes e adultos com formação pelo CEPSC (Centro de Estudos Psicodinâmicos de Santa Catarina), instituição da qual também é Presidente.
 Rogério Machado Rosa é graduado em Psicologia (Bacharelado e Licenciatura) pela UNISUL (2006), Mestre em Educação pela UDESC, Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina - PPGE/UFSC. Atua como Professor do Curso de Pedagogia no Departamento de Metodologia de Ensino - MEN, do Centro de Ciências da Educação - CED/UFSC e como Psicoterapeuta. Co-coordenador do  Núcleo Vida e Cuidado: estudos e pesquisas sobre violências - NUVIC/CED/UFSC.
 Ana Brasil de Oliveira é graduada em Psicologia (Bacharelado, Formação e Licenciatura) pela UFSC (2000), Mestre em Educação pela UFSC (2008) e atua como Psicóloga Educacional na Secretaria Municipal de Educação de São José.

31 de ago. de 2015

Bullying e resiliência: a busca de soluções


Desde a década de 1970, o conceito de resiliência vem se modificando nas áreas da psicologia. “Já foi entendido como sinônimo de invulnerabilidade, como capacidade individual de adaptação bem-sucedida em um ambiente ‘desajustado’ e como qualidades elásticas e flexíveis do ser humano” (p. 18). Segundo os mesmos autores, as pesquisas

buscavam compreender se a capacidade de resiliência era fruto da constituição individual ou fruto da interação entre o subjetivo e o meio. Essas pesquisas parecem ter dado origem à compreensão da resiliência como uma capacidade de sucesso pessoal diante de um meio social desajustado.

Assim, seriam resilientes pessoas criadas em um ambiente desfavorável que não apresentassem comportamentos indesejados. O risco inerente a essa visão é que resiliência pode ser entendida de forma ideológica, transformando-se em um atributo que se teria ou não, o que poderia levar à rotulação de pessoas de grupos mais vulneráveis como não resilientes, dando espaço a considerações simplistas.

Hoje, a resiliência é compreendida não como um atributo estável do indivíduo, mas sim como um processo dinâmico, colocado em marcha após o evento traumático, indo além da superação da adversidade19. Ela opera na presença do risco, não para evitá-lo ou eliminá-lo, mas sim para produzir características saudáveis (Barbosa apud Araújo, p. 19). Em outras palavras, está “ancorada em dois grandes polos: o da adversidade, representado pelos eventos desfavoráveis, e o da proteção, voltado para a compreensão de fatores internos e externos ao indivíduo, mas que o levam necessariamente a uma reconstrução singular diante do sofrimento causado por uma adversidade” (p. 19).

Ser resiliente não significa ser invulnerável, mas ter uma capacidade de, diante de uma situação estressante, reconhecer o perigo e sentir-se por ele atingido. Embora marcada pela experiência, a pessoa demonstra capacidade de se recuperar e prosseguir. Ou seja, embora o ambiente apresente riscos, apresenta também fatores que podem proteger a pessoa, possibilitando a construção da resiliência.

Silva, et al (p. 151) listam os fatores de proteção apontados por Cyrulnik, os quais atuam de forma complementar: “temperamento da criança, flexível, confiante e capaz de buscar ajuda exterior; o contexto afetivo no interior do qual a criança vive seus primeiros anos; um clima familiar que aporte a segurança necessária para que desenvolva a confiança em si mesma e nos outros”. Outros fatores de proteção incluem: os cuidados responsáveis e constantes dirigidos à criança; as expectativas positivas nela depositadas; as relações de apego seguro; a coesão entre os membros da família, a existência de pelo menos um adulto verdadeiramente interessado na criança, capaz de bem cuidá-la e protegê-la, mesmo na ausência de responsabilidade dos pais, assim como a sensibilidade materna que, juntamente com o suporte social são, segundo Silva20, capazes de reduzir substancialmente os problemas emocionais e comportamentais, principalmente para crianças que crescem em ambientes com maiores desvantagens.

Pinheiro cita Masten e Garmezi, que identificaram três classes de fatores de proteção: atributos da criança (dentre os quais citam atividade, autonomia, orientação social positiva, autoestima e similares); atributos da família (coesão, ausência de conflitos, presença de um adulto interessado); e “disponibilidade de uma rede de apoio social bem-definida e com recursos individuais e institucionais igualmente bem-definidos”.

Pesquisas recentes apontam novas diretrizes para o estudo da resiliência, instigando um amplo campo de discussão, a saber, a importância da interpretação dada pelo indivíduo acerca das adversidades, como mais significativa que os fatores de risco propriamente ditos. Dessa forma, a reflexão e a interpretação dos fatos tornam-se características fundamentais nas pessoas resilientes: por um lado, a questão do individual e do singular acentua-se, pois as pessoas podem responder de maneiras diferentes diante de adversidades semelhantes (uma mesma situação de vida pode ser interpretada por alguns como perigo e para outros como desafio); porém, ao mesmo tempo faz-se necessário considerar que a resiliência não depende apenas de traços e disposições pessoais e individuais. É necessário discutir a resiliência nas famílias, nas instituições, nos grupos...

(...)

Do texto de Taralli, é possível depreender que “a intervenção diagnóstica, preventiva e psicoterápica, além de esforços interdisciplinares conjugados, por toda a comunidade escolar”, podem contribuir para a mudança do ciclo de dor e violência. Ou seja, psicoterapeutas têm muito a contribuir nesse processo de superação por meio da reconstrução ou fortalecimento da resiliência, ao oferecer novas possibilidades de ressignificação de vínculos e de renovação dos sentidos da autoestima e da autoeficácia.

Essa contribuição pode ocorrer de diferentes formas: pelo trabalho psicoterapêutico individual e grupal com alunos (“vítimas”, “vitimizadores” e “observadores”), pela orientação a famílias e docentes, pela produção de novos materiais, pela participação em grupos transdisciplinares e de muitas outras formas, dependendo da experiência e da criatividade de todos os envolvidos.

Lidar com o bullying não significa expor “vítimas”, “vitimizadores” ou “observadores” a situações vexatórias. Significa romper o ciclo de violência, contribuindo para o desenvolvimento de uma autoestima baseada nos valores da equidade e na aceitação da alteridade. E também reconhecer que é possível superar o sofrimento psíquico, sem revide e na perspectiva da ação pelos direitos de cidadania, com o fortalecimento de uma atitude de autoaceitação, de autoconfiança, de autoestima, em suma, de resiliência. Assim se torna possível educar cidadãos resilientes, que possam lutar contra as adversidades de forma criativa, buscando soluções que vão além do simples aprender a revidar e a manter o círculo vicioso da violência de qualquer tipo.

Pode ser um trabalho lento, que pareça pequeno em relação à magnitude do problema do bullying escolar, mas, com certeza, é muito melhor viver em um mundo repleto de borboletas do que de tristes lagartas encerradas em casulos que se tornaram prisões.

 
ATENÇÃO:  Este texto é parte integrante do artigo “Resiliência e Bullying:  a possibilidade da metamorfose diante da violência”, publicado em “O Mundo da Saúde”, São Paulo, 2012; 36(2), páginas 311 a 317.
A autoria é  de Vera Lucia Vaccari, Psicóloga, Mestre em Saúde Pública, Supervisora clínica e Docente do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo. 
Você pode conferir as referências e o material na íntegra no endereço: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/93/art06.pdf

 

27 de ago. de 2015

27 de Agosto: Dia do Psicólogo


O EMFRENTE vem parabenizar aos psicólogos pela sua importante contribuição junto à prevenção, manejo e enfrentamento às violências.  Abaixo, compartilhamos matéria divulgada pelo Conselho Federal de Psicologia, na data de aniversário da regulamentação da profissão:



"No dia 27 de agosto, comemora-se no Brasil o Dia do(a) Psicólogo(a). Em 1962, nesta data, a profissão foi regulamentada por meio da Lei 4.119/62, que reconhece e celebra a atuação do(a) profissional no país. Também dispõe sobre os cursos superiores de Psicologia, estabelecendo as condições mínimas para que qualquer pessoa possa exercer a profissão: ter concluído o curso superior de Psicologia com duração de cinco anos (que atenda às diretrizes curriculares do Ministério da Educação) e ser registrado no Conselho Regional de Psicologia da região geográfica em que vive.

O(a) psicólogo(a) brasileiro(a) tem ampliado sua inserção em diferentes áreas de atuação, respondendo demandas sociais em todos os campos, tanto no setor público quanto no privado. O atendimento individual em consultório, embora muito significativo, vai cedendo espaço para o trabalho em instituições e em equipes multiprofissionais, diversificando e ampliando os campos de aplicação da Psicologia.

Outra mudança que se observa no campo profissional é a sua expansão territorial. Embora a maior concentração de profissionais ainda esteja nas regiões economicamente mais desenvolvidas do país, constata-se a ampliação do número de profissionais em todo o território brasileiro, nas capitais e no interior.

A presidente do Conselho Federal de Psicologia, Mariza Borges, conta que atuam hoje, em todo o Brasil, cerca de 250 mil profissionais. Ela enfatiza que “a Psicologia trata de entender o ser humano no contexto em que vive. A diversidade e pluralidade da Psicologia, como ciência e como profissão, tem origem nos inúmeros recortes feitos pelas diferentes abordagens psicológicas para compreender o ser humano na complexa rede de interações entre ele e seu contexto de vida. Essa diversidade habilita os (as) profissionais para o exercício da profissão nos diversos contextos sociais. Isso talvez explique grande parte da expansão do campo de trabalho profissional”, aponta. Outro fator que não pode ser deixado de lado, ressalta a presidente da autarquia, são as políticas de ampliação da oferta de cursos superiores e de pós-graduação que induziram a disseminação de cursos de Psicologia no país.

Para comemorar a data, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) preparou uma série de atividades, como um debate online sobre os caminhos da profissão, previsto para o dia 23/8, e o lançamento de um hot site com matérias especiais sobre carreira e dúvidas frequentes da categoria, entre outras ações.
"
FONTE:  http://diadopsicologo.cfp.org.br/?page_id=208

24 de ago. de 2015

Ação que revelou mil pedófilos em 71 países ganha prêmios

Menina virtual da campanha Sweetie: mil infratores identificados

São Paulo - Para combater pedófilos envolvidos com turismo sexual infantil na webcam, uma ONG holandesa criou uma menina filipina virtual de 10 anos, batizada de Sweetie (docinho, em tradução para o português).

Em 10 semanas, a personagem fictícia identificou mais de mil infratores dispostos a pagar para ver a criança pela internet, espalhados em 71 países.

O resultado da iniciativa rendeu 12 Leões de Ouro e um de Prata no maior e mais prestigiado prêmio da publicidade mundial, o Cannes Lions, festival que acontece esta semana na França até o dia 21 de junho.
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Durante a ação, Sweetie frequentava salas de bate-papo, onde era assediada por homens adultos. Com as informações das conversas, ela conseguiu identificar endereços, números de telefone e até fotos de suspeitos. As descobertas foram enviadas às autoridades, como a Interpol.

Segundo a ONG Terre des Hommes, responsável pelo projeto, o maior número de pagantes vieram dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha, Turquia, Itália e Holanda.
Agora, a entidade faz um apelo mundial para que as pessoas assinem uma petição online, com o objetivo de pressionar as autoridades mundiais a darem mais atenção ao tema.

Assista, abaixo, ao vídeo que mostra a operação da campanha, criada pela agência Lemz, de Amsterdã. Na sequência, veja a lista completa de prêmios conquistados pela ação em Cannes:

https://www.youtube.com/watch?v=aGmKmVvCzkw&feature=player_embedded

- 2 Leões de ouro em Direct
- 6 Leões de ouro em Cyber
- 1 Leão de ouro em Media
- 1 Leão de Ouro em PR
- 2 Leões de Ouro e um de Prata na categoria Promo & Activaton

FONTE:  http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/acao-que-revelou-mil-pedofilos-em-71-paises-ganha-premios

17 de ago. de 2015

Livro infantil aborda prevenção ao abuso sexual


Que tipo de mostro conseguiria assediar sexualmente uma criança? Infelizmente muitas pessoas! O abuso sexual é algo traumático e difícil na vida dos pequenos. Muitas vezes é preciso uma terapia intensiva para conseguir superar esse obstáculo.

Para ajudar crianças e adultos a lidar com esse problema e evitá-lo, foi lançado o livro “Invasão do Planeta Carinho”, da autora Valéria Fonseca (Editora All Print, R$ 25).

A obra nasceu a partir do relato de abuso sexual sofrido por uma pessoa muito próxima à autora. Este fato levou muitos anos para ser descoberto. Pois, como é comum acontecer em casos como esses, nem sempre os pais ou adultos responsáveis acreditam na narrativa da criança.

Certamente, o fato poderia ter sido identificado precocemente e os danos minimizados, caso os envolvidos tivessem o mínimo de preparo para lidar com este assunto.

A autora usou sua indignação, criatividade e delicadeza para conceber um livro leve e ao mesmo tempo absolutamente necessário nos dias atuais, no qual o tema abordado está cada dia mais presente na mídia, enchendo páginas de jornal, sites e revistas.

“O livro é o formato que dei para minha oração e protesto em favor de todas as pessoas que sofreram e que ainda são vítimas de situações de abuso. Não podemos ficar olhando passivamente o que acontece de errado sem manifestar nossa indignação de maneira construtiva. Sei que às vezes pensamos que não podemos fazer muita coisa... Não acredite nisso! Faça qualquer coisa assim mesmo! Se cada um de nós fizer o que está ao nosso alcance, podemos sim, amenizar algumas dores e conseguir progressos significativos.”

Trecho do livro:

(...) Os bons desejos saíram vencedores e os maus foram expulsos do planeta.
Sem ter para onde ir, eles resolveram se mudar para Carinho, o planeta vizinho.
Uma vez lá instalados, começaram a influenciar alguns habitantes deste planeta. E, onde só havia carinhos bons, começou a existir carinhos maus. (...)

(...) começaram a perceber que os carinhos bons, vindo de pessoas realmente amorosas, faziam com que se sentissem bem, felizes, amadas, seguras e respeitadas.
Os carinhos maus ao contrário, provocavam medo, vergonha, insegurança e muitas dúvidas. Carinhos maus podiam, inclusive, deixar uma criança triste e sem saber fazer carinho para sempre. (...)

Fotos: Divulgação

FONTE:  http://www.mulher.com.br/casa/livro-infantil-aborda-a-prevencao-ao-abuso-sexual

10 de ago. de 2015

Afinal, você sabe o que é RESILIÊNCIA ?



Resiliência pode ser definida como a capacidade do indivíduo em suportar pressões. A capacidade de atravessar experiências adversas sucessivas, enfrentar problemas e dificuldades, sem comprometer a condição de prosseguir e se desenvolver.

Esta postura requer energia, equilíbrio emocional, autoestima e autoconfiança.

A vida nos coloca frente a frente com situações adversas e, muitas vezes, traumáticas. Por isso, pessoas que desenvolvem um comportamento vencedor conseguem transformar dificuldades em oportunidades de crescimento e prosseguir em situações nas quais as demais costumam ficar emocionalmente abaladas.

Nosso grau de resiliência é uma consequência da boa estruturação de nosso universo interior e depende dos vínculos que estabelecemos com a vida e com as pessoas mais significativas que dela participam.

Ser resiliente é superar problemas, extrair lições das dificuldades e seguir fortalecido. Quanto maior for o nosso nível de consciência, maiores serão nossas possibilidades de agir assim.

O mundo é dos fortes, dos que superam corajosamente as dificuldades e obstáculos, recomeçando continuamente, sem jamais esmorecer.

Quanto maior for nossa resiliência, maiores serão as condições de desenvolvimento pessoal e profissional, maior a motivação e a capacidade de lidar com situações tensas e complexas, algo extremamente valorizado no ambiente corporativo.
Reflita sobre isso!

 Paz e Alegria,

 Carlos Hilsdorf

 Página Oficial: Carlos Hilsdorf

FONTE:  https://www.facebook.com/carloshilsdorf

7 de ago. de 2015

Indícios Físicos e Psicológicos de Violência Contra Crianças e Adolescentes


Na próxima terça-feira, dia 11/08/2015, teremos mais um encontro de formação dos Agentes de Referência do EMFRENTE, na Casa do Educador. 
Nos períodos matutino e vespertino estará conosco o Dr. Rodinei Cassio Bricki Tenorio, Diretor do IML/IGP/SSP/SC e Perito Médico Legista, que irá proferir a palestra “Indícios físicos de violência contra crianças e adolescentes".  O palestrante é, também, professor da Academia de Perícia do Estado de SC, Perito Judicial, atuou em várias comarcas do Estado (Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça Trabalhista), Cirurgião Oncológico com formação no Instituto Nacional de Câncer (INCA/MS) - Rio de Janeiro, Cirurgião Geral pelo Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.

 
Ainda,  a psicóloga da Polícia Civil de SC Maíra Marchi Gomes, com a palestra “Indícios psicológicos de violência contra crianças e adolescentes e o atendimento da DPCAMI São José prestado às vítimas”.  Maíra é doutoranda em psicologia, mestre em antropologia social, especialista em panorama interdisciplinar do direito da criança e do adolescente, especialista em psicologia jurídica, especialista em direito penal e criminologia, especialista em dependência química e especialista em saúde mental, psicopatologia e psicanálise.

 
Na ocasião também será feito o lançamento do Manual de Orientação, Prevenção e Cidadania de autoria do presidente do Portal da Esperança, Gerson Rumayor e da psicóloga da polícia civil de SC, Maíra Marchi Gomes , que também será entregue para todas as unidades de ensino da comarca de São José presentes na formação.  Este material servirá de base para importantes ações de prevenção às violências contra crianças e adolescentes, que já vem sendo desenvolvidas em nossa rede pelos Agentes de Referência do EMFRENTE.
 

3 de ago. de 2015

Guia para enfrentar a exploração sexual de crianças e adolescentes

 
A Iniciativa Desenvolvimento Local e Grandes Empreendimentos (IDLocal) lançou um guia para auxiliar as empresas a implementarem diretrizes de atuação para a proteção integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, em áreas receptoras de grandes obras e empreendimentos.

O tema é de grande interesse para as empresas, e certamente para aquelas que fazem parte do Programa Na Mão Certa, principalmente as que trabalham em operações de logística e transporte em locais onde se realizam grandes obras. É sabido que a instalação e a operação desses empreendimentos causam mudanças drásticas nas regiões onde são implantados. Por conta disso, o guia chega em boa hora para as empresas dedicadas a não deixar que suas cadeias produtivas fiquem ameaçadas por essa grave violação dos direitos humanos, o crime da exploração sexual de crianças e adolescentes.

A IDLocal é uma iniciativa do GVces, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), é um espaço aberto de estudo, aprendizado, reflexão, inovação e produção de conhecimento, composto por pessoas de formação multidisciplinar.

Intitulado Guia de Implementação das Diretrizes Empresariais para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes no Contexto de Grandes Empreendimentos, o documento foi elaborado em colaboração com a Childhood Brasil, idealizadora e gestora do Programa Na Mão Certa.
A iniciativa teve como seu primeiro desafio refletir sobre como inserir a questão dos direitos de crianças e adolescentes nas práticas empresariais, tendo em vista os riscos decorrentes das operações ligadas a grandes obras, que muitas vezes ocorrem em território social com pouca atenção do Estado, sem equipamentos públicos e com problemas econômicos e ambientais delicados.

O objetivo é construir ferramentas que apoiem as empresas brasileiras a desempenhar uma função ativa no que diz respeito à proteção integral de crianças e adolescentes no contexto de seus empreendimentos localizados em áreas de vulnerabilidade social, ambiental e humana.

A iniciativa construiu, com diversas empresas, uma série de diretrizes empresariais para orientar a atuação desses atores na garantia dos direitos básicos de crianças e adolescentes em territórios afetados pelas operações. “Essa publicação traz um passo a passo para o desenvolvimento do Balanced Scorecard, uma ferramenta clássica empresarial que foi adaptada pela iniciativa para responder ao desafio da internalização do tema proteção integral de crianças e adolescentes na gestão”, conta Lívia Pagotto, coordenadora da IDLocal.

Para baixar o material, clique aqui:  http://mediadrawer.gvces.com.br/publicacoes/original/idlocal_ciclo-2014.pdf

FONTE:  http://www.namaocerta.org.br/bol_14602.php

27 de jul. de 2015

Concessionárias se unem contra a exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas

 
As concessionárias de rodovias, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e a Childhood Brasil, por intermédio do Programa Na Mão Certa, organizaram uma ação de comunicação com foco na proteção dos direitos de crianças e adolescentes nas estradas. A iniciativa também serviu para estreitar relações entre todos esses atores, de modo a buscar efetividade nas iniciativas que envolvem, principalmente, o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes no contexto das grandes rodovias que cortam o país.

Essa operação conjunta teve como referência a data de 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo Eva Cristina Dengler, Gerente de Relações Empresariais da Childhood Brasil, as concessionárias de rodovias, quando atuam em um trecho de rodovia federal, são as empresas com mais possibilidades de atuar efetivamente sobre os pontos vulneráveis levantados. “A concessionária tem um papel importante de atuar nos pontos vulneráveis e também de comunicar à PRF sempre que identificam um novo ponto de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias, contribuindo para ações de enfrentamento e sensibilização dos proprietários dos estabelecimentos”, disse Eva, em entrevista ao portal da ABCR.
De acordo com o Projeto Mapear, da Polícia Rodoviária Federal, as sete rodovias federais que compõem os principais eixos rodoviários do país abrigam 49,97% dos pontos vulneráveis de exploração sexual de crianças e adolescentes. As que apresentam maior incidência são BR 116 (principalmente nos trechos Sudeste e Nordeste), BR 101 (em diversos pontos Sudeste, Nordeste e Sul), BR 163 (Centro-Oeste), BR 381 (Sudeste), BR 153 (Norte) e BR 316 (Nordeste).

Em 2013, segundo dados do Disque-Denúncia, foram registradas 124.079 ocorrências de violações de direitos de crianças e adolescentes. Dos 13 tipos de violações registradas pelo Disque-Denúncia, a violência sexual ocupa o 4º lugar e corresponde a 26% do total das denúncias. Este número não corresponde ao número de casos de fato constatados, apenas apresenta uma ideia do tamanho do problema.

Entre os dez municípios com maior incidência se destacam: PA – Marabá, Altamira e Santarém; BA – Vitória da Conquista, Feira de Santana, Porto Seguro e Senhor do Bonfim; RJ – Nova Iguaçu; MG – Nova Serrana e PI – Teresina.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da PRF, Marcia Vieira, conta que a região sudeste está entre as regiões que são prioridades a serem trabalhadas “Acreditamos que o Sudeste é a maior prioridade, até por conta da malha viária e quantidade de pontos de indecência. Mesmo assim, o Nordeste e Norte também são prioritários para nós”.

Márcia Freitas acredita que as rodovias concedidas apresentem menos incidência de exploração sexual de crianças e adolescentes do que as rodovias públicas, apesar da dificuldade de se obter dados concretos. “A subnotificação dos casos de exploração sexual, a falta de sistemas integrados que armazenem e analisem as informações e o despreparo da sociedade civil para encaminhar casos dessa natureza dificulta o enfrentamento dessa causa”, explica.

FONTE DA IMAGEM: http://www.namaocerta.org.br/
FONTE DO TEXTO: http://www.childhood.org.br/concessionarias-se-unem-contra-a-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes-nas-estradas

14 de jul. de 2015

Ministério Público Federal lança campanha contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes


O Ministério Público Federal lançou a campanha “Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – Marcas para a vida toda”, iniciando a ação pelo Mato Grosso do Sul. O objetivo é enfrentar as altas ocorrências do problema no estado e também contribuir para uma mobilização nacional.

Segundo o MPF, no Brasil os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes estão subnotificados, pois não há órgão que concentre todos os números dessa violência. Sem informações, segundo avaliação dos procuradores, o desenvolvimento de políticas públicas adequadas torna-se inefetivo. Apenas pequena parte dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes se torna conhecida das autoridades, seja pela vergonha ou medo em relatar a violência, seja pela proximidade das vítimas com os abusadores.

Em Mato Grosso do Sul, alguns números chamam atenção. Em 2014, foram registrados 980 casos envolvendo estupro de menores de 18 anos; destes, um terço foram notificados em Campo Grande e mais de 80% envolveram menores de 14 anos. Em 46 casos, as crianças tinham menos de quatro anos de idade e em três deles, não chegaram a completar 1 ano.

Dos casos de abuso sexual, 81% ocorreram em ambiente doméstico – o que reforça a constatação de que, em geral, o abusador é próprio pai, padrasto ou familiar que convive com a vítima. Tal fator inibe a atuação das autoridades e torna a criança prisioneira de um ambiente de abusos e explorações sexuais reiteradas.

Com a internet, o contexto de abuso e exploração sexual infantil ganhou novas dimensões. O acesso generalizado a computadores e smartphones ampliou o armazenamento e compartilhamento, via internet, de material envolvendo pornografia infanto-juvenil. Estima-se que os recursos movimentados nesse mercado ilícito se comparem ao do tráfico de drogas. Em 2004, a Operação Darknet foi deflagrada pela Policia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal. Na época, 90 usuários foram identificados em posse de material pornográfico infanto-juvenil e pelo menos 6 crianças estavam em situação de abuso ou iminente estupro.

A campanha
Para combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, o MPF inicia a campanha em Mato Grosso do Sul. A cartilha virtual objetiva alertar toda a sociedade, especialmente pais e cuidadores, sobre cuidados simples que podem ser adotados para evitar abusos, bem como sinais físicos e comportamentais que podem indicar que uma criança ou adolescente sofreu ou está sofrendo abusos. Segundo o MPF, a participação de toda a sociedade, da imprensa e dos órgãos de proteção da infância e adolescência é fundamental para a redução dos casos de violência, que marcam crianças e adolescentes por toda a vida.

FONTE DA IMAGEM: http://www.namaocerta.org.br/
FONTE DO TEXTO: http://www.childhood.org.br/ministerio-publico-federal-lanca-campanha-contra-abuso-e-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes


13 de jul. de 2015

Atenção: Não haverá formação do EMFRENTE em Julho

Prezados Agentes de Referência do EMFRENTE,  conforme agenda entregue no início da formação de 2015, NÃO haverá encontro de formação do EMFRENTE no mês de julho.

6 de jul. de 2015

Situação Mundial da Infância 2011- ADOLESCÊNCIA: Uma fase de oportunidades



PRÓLOGO:

Em 2010, em Bonn, uma jovem provocou grande agitação em uma conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, simplesmente perguntando aos delegados:

“Que idade vocês terão em 2050?”

A plateia aplaudiu. No dia seguinte, centenas de delegados vestiam camisetas estampadas com essa pergunta – inclusive o presidente, que admitiu que em 2050 teria 110 anos, com pouca probabilidade de ver os resultados de nosso fracasso por não termos agido. A mensagem da jovem foi clara: o tipo de mundo em que ela um dia vai viver depende daqueles que o herdarem e daqueles que o deixam como legado.

O relatório Situação Mundial da Infância 2011 ecoa essa percepção fundamental, e desenvolve-se a partir dela. Hoje, 1,2 bilhão de adolescentes encontram-se na desafiadora encruzilhada entre a infância e o mundo adulto. Nove em cada dez desses jovens vivem no mundo em desenvolvimento
e enfrentam desafios particularmente graves, que vão desde adquirir educação até simplesmente sobreviver – desafios que são ainda mais exacerbados para meninas e mulheres jovens.

No esforço global para salvar a vida das crianças, ouvimos muito pouco sobre a adolescência. Tendo em vista a magnitude das ameaças a crianças menores de 5 anos, faz sentido concentrar nelas os investimentos – e essa atenção tem produzido sucessos extraordinários. Nos últimos 20 anos, o número de crianças menores de 5 anos que morrem a cada dia devido a doenças evitáveis caiu em um terço – de 34 mil, em 1990, pra 22 mil, em 2009.

Mas veja o seguinte: no Brasil, as reduções na taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2008 significam que foi possível preservar a vida de mais de 26 mil crianças; no entanto, no mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos de idade, foram assassinados. Com
certeza, não queremos salvar crianças em sua primeira década de vida apenas para perdê-las na década seguinte.

Este relatório apresenta, em detalhes comoventes, o conjunto de perigos que os adolescentes enfrentam: as injustiças que matam 400 mil deles a cada ano; gravidez e parto precoces,
uma causa primária de morte de meninas adolescentes; as pressões que mantêm 70 milhões de adolescentes fora da escola; exploração, conflitos violentos e as piores formas de abuso nas mãos de adultos.

O relatório analisa também os riscos criados por fenômenos que se manifestam agora, como a mudança climática, cujos efeitos cada vez mais intensos em muitos países em desenvolvimento já comprometem o bem-estar de tantos adolescentes; e por tendências relacionadas ao trabalho, que revelam acentuada falta de oportunidades de emprego para jovens, especialmente nos países pobres.

A adolescência não é apenas um tempo de vulnerabilidade – é também uma fase de oportunidades, principalmente para as meninas. Sabemos que meninas mais instruídas são mais
propensas a adiar o casamento e a maternidade – e que seus filhos provavelmente serão mais saudáveis e terão melhor nível educacional.

Ao dar a todos os jovens as ferramentas de que precisam para melhorar suas próprias condições de vida, e ao envolvêlos em esforços para melhorar suas comunidades, estamos investindo na força de suas sociedades.

Por meio de uma profusão de exemplos concretos, o relatório Situação Mundial da Infância 2011 deixa claro que é possível alcançar progressos sustentáveis. Com base em pesquisas
recentes, o relatório mostra também que podemos alcançar esses progressos mais rapidamente, e de maneira mais produtiva em termos financeiros, se nos concentrarmos nas crianças mais pobres que vivem nas localidades mais difíceis de alcançar. Esse foco em equidade ajudará todas as crianças, inclusive adolescentes.

Será que podemos deixar passar o tempo? Neste exato momento, na África, uma adolescente avalia os sacrifícios que precisa fazer para permanecer na sala de aula. Outro adolescente
tenta desesperadamente não ser obrigado a juntar-se a grupos armados. Na Ásia Meridional, uma jovem grávida, aterrorizada, espera o dia em que, sozinha, dará à luz seu filho.

A jovem que fez a pergunta em Bonn, ao lado de outros milhões de jovens, não espera apenas uma resposta: espera mais ação. De todos nós.

(Anthony Lake Diretor Executivo, UNICEF)

Você pode consultar o material completo no link a seguir:
http://www.unicef.org/brazil/pt/br_sowcr11web.pdf

O "Caderno Brasil", sobre este mesmo tema, você acessa aqui:
http://www.unicef.org/brazil/pt/br_cadernoBR_SOWCR11(3).pdf

29 de jun. de 2015

Serviço de Proteção Social a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, Abuso e Exploração Sexual e suas Famílias: Referência para a Atuação do Psicólogo


 
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem a satisfação de oferecer à categoria e à sociedade em geral mais um documento de referências técnicas para atuação do psicólogo em políticas públicas, produzido com a metodologia do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP).

Eis aqui o documento de referências para atuação no Serviço de Proteção Social a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, Abuso e Exploração Sexual e suas Famílias: referências para a atuação do psicólogo apresentado pelo Sistema Conselhos aos psicólogos como referência sólida e cuidadosa para fortalecer as discussões e as experiências práticas da Psicologia brasileira no âmbito dessa complexa temática, garantindo princípios éticos e políticos norteadores, sem estabelecer definições rígidas para o trabalho nesse campo, mas possibilitando a elaboração de parâmetros compartilhados e legitimados pela participação crítica e reflexiva.

A publicação deste documento, que lida com tão delicada e complexa questão de nossa sociedade, marca mais um passo no movimento de aproximação da Psicologia com o campo das políticas públicas, em uma perspectiva de garantia dos direitos humanos, de fortalecimento da cidadania por meio do controle social e de um Estado responsável.

Este documento foi redigido por comissão de conceituados especialistas, a convite do CFP, em diálogo com o resultado da pesquisa realizada nacionalmente, por meio de questionário on-line e de reuniões presenciais conduzidas por técnicos do CREPOP nas unidades locais dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs). Uma versão preliminar foi disponibilizada para avaliação da categoria por meio de consulta pública, que possibilitou a contribuição de psicólogos que trabalham há certo tempo com esse tema, em vários municípios do Brasil.

Desse modo, a comissão de especialistas convidados pôde ouvir a experiência de quem está na ponta do atendimento e em outras instâncias do serviço, aumentando a efetividade e a atualidade dos conteúdos apresentados.

Nesse processo, o CREPOP torna-se cada vez mais conhecido como resposta do Sistema Conselhos de Psicologia aos anseios profissionais da categoria, anseios de reconhecimento pelo trabalho e de formulação de diretrizes comuns diante das inúmeras possibilidades de contribuição prática que a categoria vem oferecendo ao Estado e à população no campo das políticas públicas.

Em conjunto com os dispositivos institucionais que os Conselhos de Psicologia vêm desenvolvendo e aprimorando ao longo dos últimos anos, esses documentos de referências refletem o fortalecimento do diálogo que os Conselhos vêm construindo com a categoria, no sentido de se legitimar como instância reguladora do exercício profissional. Por meios cada vez mais democráticos, esse diálogo tem se pautado por uma política de reconhecimento mútuo entre os profissionais e pela construção coletiva de uma plataforma profissional que seja também ética e política.

HUMBERTO COTA VERONA - Presidente

ANA M. P. LOPES & MARIA DA GRAÇA M. GONÇALVES - Vice-Presidente & Conselheira Federal - Coordenadoras do CREPOP

 

 
ARTIGOS:

 
Eixo 1 - Dimensão ético-política

- A assistência social e a proteção social especial de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência sexual

- O Serviço de Proteção Social a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, Abuso e Exploração Sexual e suas Famílias

- O local da prática do psicólogo

 
Eixo 2 – A Psicologia e o Serviço de Proteção Social a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, Abuso e Exploração Sexual e suas Famílias

- Psicologia e políticas públicas – formação e trans-formação

- O CREAS e o enfrentamento à violência sexual contra crianças e Adolescentes

- Limites e possibilidades de uma prática em construção

- Refletindo sobre causas e consequências das múltiplas violências contra crianças e adolescentes

- O(a) autor(a) da violência

- Enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes: aspectos teóricos, técnicos, metodológicos e éticos

 
Eixo 3 – A atuação do psicólogo

- O atendimento psicossocial

- Alguns conceitos importantes

- Planejamento da intervenção

- Estudo de caso

- Roteiro de estudo de caso

- Operacionalização do atendimento

- Acolhimento e triagem

- Entrevistas psicológicas iniciais

- Atendimento psicológico

- Fundamentação para o trabalho em grupo

- Grupos de apoio a crianças e adolescentes

- Grupo de apoio às famílias

- Entrevistas de revelação

- O setor psicossocial e sua relação com o atendimento jurídico

- Aspectos específicos do atendimento a crianças e adolescentes em situação de exploração e tráfico para fins sexuais – sujeitos em situação de vulnerabilidade com direitos violados

- Atendimento aos autores de agressões sexuais

- Princípios norteadores da prática profissional

 
Eixo 4 – Gestão do trabalho